Não importa a profissão ou idade, a fisiologia faz parte da vida de todos nós. Quem nunca se perguntou “como o sangue percorre o nosso corpo?”, “o que acontece com as células durante um câncer?” ou, então, aquela famosa questão que tanto nos intrigou durante a infância “para onde vai a comida que comemos?”. Todas essas dúvidas são respondidas graças a duas importantes ciências: a anatomia e a fisiologia.  

A anatomia, termo grego que significa “cortar em partes”, é o estudo das formas e estruturas de um organismo vivo. Enquanto a fisiologia, termo também de origem grega, (physis = natureza ou funcionamento e logos = estudo) é a área da biologia que estuda as funções e processos que permitem a origem e a manutenção da vida. Apesar de possuírem competências distintas, ambas estão intimamente ligadas, de forma que é praticamente impossível falar de uma sem ao menos citar a outra.

Se você for estudante ou profissional das áreas da biologia e saúde, conhecer os conceitos da fisiologia passa a ser uma necessidade. O mesmo vale para os que estão se preparando para prestar vestibular. Porém, essa é uma matéria bastante complexa, e entendê-la por completo pode ser um grande desafio. Na busca por conhecimento é comum que alunos e profissionais busquem aulas extras, cursos online, livros e outros materiais complementares. Todo esse esforço certamente irá recompensá-los.

De acordo com uma pesquisa publicada na Revista Brasileira de Educação Médica, a disciplina de anatomia humana apresenta uma elevada taxa de reprovação entre os alunos, representando um importante desafio para a permanência dos mesmos no curso de graduação. Este cenário pode ser facilmente estendido para a disciplina de fisiologia humana, uma vez que, como já falamos neste artigo, as duas ciências estão fortemente associadas e fazem parte das disciplinas obrigatórias para todos os cursos de graduação nas áreas da saúde e biologia.

A fim de lhe ajudar, preparamos um material exclusivo que leva a uma viagem pelos sistemas do corpo humano, além de dicas de um curso de fisiologia na modalidade EAD. Aproveite!

Fisiologia dos sistemas do corpo humano

O corpo humano é uma máquina complexa, onde várias estruturas trabalham em perfeita sintonia para a sustentação da vida. Quando falamos de fisiologia humana, tradicionalmente dividimos o corpo em sistemas, assim costumamos estudar separadamente os sistemas cardiovascular (circulatório), respiratório, digestório, endócrino, tegumentar, muscular, esquelético, imune, nervoso, urinário e reprodutivo.

Entretanto, para conhecer verdadeiramente os processos fisiológicos do nosso organismo precisamos entender que todos esses sistemas estão conectados, de modo que a atividade de um depende do outro. Vale lembrar que a fisiologia trata do funcionamento normal do corpo, portanto as alterações causadas pelas doenças são estudadas pela patologia e fisiopatologia.

Sistema Cardiovascular

O sistema cardiovascular (circulatório), ainda que seja simples do ponto de vista anatômico, possui uma nobre função. A sua atuação permite que todos os tecidos do corpo recebam nutrientes, oxigênio (O2) e hormônios, ao mesmo tempo que captura o gás carbônico (CO2) e demais toxinas para que sejam posteriormente eliminadas do organismo. Ele é formado pelo coração, vasos sanguíneos e sangue. O coração funciona como uma bomba, criando uma pressão que permite que o sangue percorra todo o corpo através dos vasos sanguíneos. As artérias são os vasos que transportam o sangue a partir do coração, enquanto as veias trazem o sangue de volta para ele. Existem ainda os capilares, microvasos que realizam a troca das substâncias entre o sangue e os tecidos.

Agora que já conhecemos os componentes, vamos aos mecanismos: o coração, ponto central deste sistema, é um órgão musculoso onde se conectam todos os principais vasos sanguíneos. Ele é dividido por uma parede central (septo), que o separa em metade direita e esquerda. Cada metade possui um átrio e um ventrículo, formando quatro câmaras (compartimentos) que asseguram a fluidez do sangue pelo corpo. O átrio direito recebe o sangue rico em CO2 da circulação sistêmica. O ventrículo direito bombeia o sangue que chega desse átrio para as artérias pulmonares, únicas artérias do corpo por onde circula o sangue rico em CO2.

No pulmão, mais precisamente nos alvéolos pulmonares, ocorre a troca gasosa, onde graças a respiração o sangue recebe o O2 e libera para o meio externo o CO2. Uma vez oxigenado, ele é conduzido ao átrio esquerdo do coração pelas veias pulmonares. Esse átrio envia o sangue para o ventrículo esquerdo, cujo papel é bombeá-lo para a artéria aorta por onde ele volta à circulação.

O ventrículo esquerdo é a câmara mais musculosa do coração, pois sua contração precisa ser forte o suficiente, a ponto de criar uma pressão capaz de conduzir o sangue por todo o corpo. Essa pressão arterial é necessária, no entanto, por diversos motivos, ela pode alterar para mais ou para menos, causando consequências graves ao organismo, como é o caso da hipertensão arterial. Para saber mais sobre a patologia e a fisiopatologia desta condição, acesse nosso Curso Online Hipertensão Arterial‍.

Sistema respiratório

Aproveitando a deixa do sistema cardiovascular, onde falamos da atuação do pulmão na circulação sanguínea, vamos falar sobre o sistema respiratório. A sua principal função é realizar a troca de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) entre os meios interno e externo. O oxigênio é um dos principais elementos na vida dos seres aeróbios, através dele as células produzem energia para o funcionamento adequado de todos os nossos tecidos. Como sabemos, a privação de oxigênio por poucos minutos, quando não for suficiente para levar à morte, pode causar danos graves e irreversíveis aos órgãos.  

O sistema respiratório é formado por cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões. A respiração, mecanismo que permite a movimentação dos gases entre o meio interno e externo, é dividida em duas etapas: A inspiração e a expiração. Na inspiração o ar entra na cavidade nasal e segue em direção a faringe, órgão que atua tanto para a passagem de ar quanto de alimento. Seguindo o seu caminho para o pulmão ele passa pela laringe, onde a epiglote, uma pequena cartilagem na extremidade superior deste órgão, garante que os alimentos não entrem nas vias respiratórias.

Neste trajeto o ar é filtrado, umedecido e aquecido, o que não acontece de forma tão eficaz quando inspiramos pela boca. Após a laringe o ar flui para a traqueia, um canal cilíndrico com anéis de cartilagem que a mantém aberta. Na sua extremidade inferior, a traquéia se ramifica em dois brônquios, um para cada pulmão. Uma vez no seu interior os brônquios se ramificam diversas vezes em estruturas cada vez menores, chamadas de bronquíolos.

Finalmente essas vias se conectam aos alvéolos pulmonares, permitindo a troca gasosa. Para que o ar possa chegar aos alvéolos, os pulmões se expandem pela contração dos músculos intercostais e diafragma, diminuindo a pressão dentro do órgão e permitindo a sua entrada. Na expiração os músculos relaxam, a pressão alveolar aumenta e o ar, já rico em gás carbônico, é impulsionado para fora do pulmão, seguindo pelas vias aéreas até o meio externo.

Para aprofundar os seus conhecimentos sobre o assunto, acesse o Curso Online Fisiologia - Noções Gerais do Centro Estudos e Formação, onde há um módulo dedicado a este sistema.

Fisiologia

Sistema digestório

O sistema digestório tem a função de transformar o alimento, por meio de processos químicos e mecânicos, em moléculas capazes de serem transportadas e utilizadas em diversas funções do organismo. Os órgãos que constituem este sistema são:

Boca, faringe e esofago

A digestão começa na boca através de três fenômenos: a mastigação, a lubrificação dos alimentos pela saliva e a ação de enzimas digestivas. Após a mastigação inicia-se o processo de deglutição, onde a língua faz pressão contra o palato (céu da boca), empurrando o bolo alimentar para a faringe. Ao mesmo tempo a úvula (campainha) fecha a passagem entre a boca e o nariz, e a epiglote fecha a abertura da laringe, garantindo que o alimento siga pela faringe até alcançar o esôfago. O esôfago é um tubo estreito, cujas paredes são constituídas de músculos.

O sistema nervoso autônomo é responsável pelo controle deste órgão, promovendo ondas de contração (movimentos peristálticos) que empurram o bolo alimentar até o estômago. Temos aqui mais um exemplo de comunicação entre os sistemas. Além do curso de fisiologia, dispomos de outros que irão te ajudar a entender a atuação do sistema nervoso, um exemplo é o Curso Online Fundamentos da Neurociência‍.

Estômago

Nesta etapa da digestão os alimentos sofrem a ação do suco gástrico, uma solução composta de água, enzimas, sais e ácido clorídrico. A partir de então o bolo alimentar passa a ser chamado de quimo. Para que a parede do estômago não sofra com a ação do suco gástrico, uma camada de muco a recobre. A ineficiência deste mecanismo protetor está envolvida na patologia da gastrite e úlceras gástricas. No fim da digestão gástrica, que tem duração de 2-4h, os movimentos peristálticos empurram o quimo até o intestino delgado.

Intestino delgado

No intestino delgado o quimo entra em contato com a bile e o suco pancreático e é alcalinizado, possibilitando a absorção dos nutrientes. Os resíduos deste processo formam uma pasta que segue em direção ao intestino grosso.

Intestino grosso  

Nesta parte do intestino ocorre boa parte da absorção de água dos resíduos da alimentação, determinando a consistência do bolo fecal. Quando as fezes chegam a porção terminal do intestino (reto), desencadeiam o reflexo de defecação, pro­vocando a contração de suas paredes e o relaxamento do esfíncter anal (estrutura em forma de anel).

Você encontra mais informações sobre a fisiologia do sistema digestório no Curso Online Fisiologia - Noções Gerais.

Sistema endócrino

O sistema endócrino é formado por glândulas que secretam hormônios diretamente na corrente sanguínea, cujas ações podem ser locais ou sistêmicas. As principais glândulas endócrinas são hipófise, tireóide, paratireóide e adrenais. Os hormônios secretados por elas desempenham diversos mecanismos regulatórios do metabolismo, como o crescimento, a produção e utilização de energia e o controle dos batimentos cardíacos.

Tradicionalmente, quando estudamos a fisiologia humana, vemos os sistemas endócrino e nervoso separadamente, entretanto precisamos ter em mente que ambos controlam em conjunto todas as funções do corpo. Por serem sistemas complexos é impossível que sejam completamente descritos em um único artigo. Nos nossos cursos online com certificado você encontra um conteúdo exclusivo sobre neurotransmissores, integração hormonal e diversos outros aspectos da fisiologia desses sistemas.

Sistema Urinário

O sistema urinário é responsável pela produção e eliminação de urina, por onde são eliminados os resíduos produzidos pela atividade celular. Este sistema também atua na regulação do volume de água no corpo. Ele é formado pelos rins e vias urinárias (ureteres, bexiga e uretra). Os rins são conectados ao sistema circulatório, permitindo que os néfrons possam fazer a filtragem do sangue e a partir disso iniciarem a produção de urina. Dos rins a urina é conduzida à bexiga pelos ureteres.

Quando a bexiga atinge sua capacidade máxima, os receptores presentes na sua parede enviam essa informação para o sistema nervoso, provocando a vontade de urinar. Em uma segunda etapa ocorre o relaxamento do esfíncter externo da uretra, permitindo que a urina seja eliminada. No Curso Online Fisiologia - Noções Gerais o aparelho urinário é descrito como um sistema à parte, mas é comum encontrar materiais que o tratem como componente do sistema excretor.

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Chegamos ao fim desta jornada por alguns dos principais sistemas do corpo humano e, apesar de termos abordado diversos mecanismos fisiológicos importantes, há muito mais para ser aprendido. Os cursos online podem ser uma importante ferramenta neste sentido, em especial pela facilidade de estudar em qualquer hora e lugar. Quando se tratam de cursos online com certificado, você tem a possibilidade de utilizá-los para provas de títulos de concursos públicos, progressão da carreira e/ou como atividades complementares da graduação. Se ainda tem dúvidas sobre esta modalidade de ensino, acesse o artigo: Saúde: 15 dados que você deve saber antes de fazer um curso online‍.

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